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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O CONCEITO LEIBNIZIANO DE ESPAÇO: DISTÂNCIAS METAFISICAS E PROXIMIDADES FÍSICAS DO CONCEITO NEWTONIANO, POR RAQUEL ANNA SAPUNARU


A presente tese de doutorado trata do conceito de espaço em Leibniz, o qual sofreu algumas modificações ao longo da obra deste filósofo. A tese tenta mostra, além disso, que, ao contrário do que afirmam alguns de seus comentadores no século XX, esse conceito diverge do conceito newtoniano de espaço, principalmente, no que diz respeito a seu aspecto metafísico, e não em seu aspecto físico, a propósito do qual ambos os filósofos estavam mais próximos do que se pensaria. A própria construção da física-matemática na era barroca aponta Descartes e os cartesianos, e não Newton, como o grande opositor de Leibniz. Em suma, procuramos mostrar que entre Leibniz e Newton, em torno de conceito de espaço, haveria divergências e semelhanças físicas, ao mesmo tempo em que ambos divergiriam de Descartes.

terça-feira, 13 de março de 2012

Atributos Não-Instanciados

Autor: Rodrigo Figueiredo

Esta dissertação versa sobre os atributos não instanciados. Alguns filósofos pensam que temos que levar a sério a noção de atributo universal (entidades que são, em um sentido mínimo, instanciáveis – entidades que podem ter instâncias). Um exemplo de atributo universal é a propriedade de ser vermelho que todas as rosas vermelhas instanciam (supondo que tal propriedade existe). Dentre os filósofos que levam a sério a noção de atributo universal, alguns pensam que todo atributo universal realmente existente tem que ter alguma instância no mundo atual; esses filósofos são os chamados “aristotélicos”. Para estes, a propriedade de ser vermelho instanciada pelas rosas vermelhas só existe enquanto há indivíduos (como as rosas vermelhas) que instanciam aquela propriedade. Outros filósofos pensam que os universais existem mesmo que não tenham instâncias atuais, ou seja, são pelo menos alguns deles são contingentemente instanciados; neste caso, a propriedade de ser vermelho existiria mesmo que não houvesse nada que fosse vermelho no mundo atual. Outros ainda pensam que existem atributos que sequer podem ter instâncias, por exemplo, a propriedade de ser quadrado e redondo, que são os atributos necessariamente não instanciados. Esses dois últimos fazem parte de uma corrente filosófica chamada “platonismo”. Defendo uma variante moderada do platonismo, que não vê problemas com atributos universais contingentemente não instanciados, mas sim com atributos necessariamente não instanciados – atributos que não podem ter instâncias. A tese aqui será condicional: Se temos motivos para postular a existência de universais, não há problema com a existência de atributos contingentemente não instanciados, mas apenas com os atributos necessariamente não instanciados.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O que é uma lei da natureza?

Autor: Rodrigo Cid

O objetivo desta dissertação é defender a posição filosófica do substantivismo ante rem contra as suas supostas alternativas. Para isso serão apresentadas quatro posições com relação à natureza das leis naturais, duas formas de realismo e duas formas de anti-realismo, e as avaliaremos criticamente. As desvantagens de cada uma dessas teorias serão apresentadas a fim de mostrarmos que elas são insuficientes para fornecer uma metafísica capaz de explicar a contrafactualidade, a universalidade e a regularidade do mundo, e que apenas uma versão de uma das teorias realistas, o novo substantivismo ante rem, o consegue. Esse objetivo é importante, pois o conceito de lei natural é amplamente utilizado em inúmeras áreas das ciências e da filosofia e, de acordo com a posição que aceitarmos, ele poderá cumprir certos papéis teóricos, e não outros. Pretendemos mostrar que as leis do novo substantivismo ante rem são capazes de cumprir todos os papéis que os cientistas esperariam das leis naturais. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Theories and Reality: Five essays on Quine and underdetermination

Autor: Rogério Passos Severo

A tese da subdeterminação recebeu bastante atenção nas últimas décadas, mas pouco consenso se alcançou sobre o que diz. Mesmo seu mais influente defensor, W.V. Quine, mudou de opinião várias vezes sobre sua formulação e implicações. Este trabalho contém uma análise comparativa das concepções de Quine e os debates contemporâneos sobre o tema.Argumenta-se que 1) holismo e subdeterminação são teses distintas e que embora a primeira tese empreste credibilidade à segunda, é insuficiente para estabelecê-la; 2) a formulação de Quine da tese da subdeterminação é significativamente mais fraca do que comentadores têm suposto; 3) a rivalidade entre teorias empiricamente equivalentes é melhor compreendida em termos de não-intertraduzibilidade; 4) algumas críticas recentes da tese são vazias, pois indevidamente fortalecem-na a ponto de torná-la indefensável, e algumas defesas recentes da tese são inanes uma vez que se apóiam em uma concepção demasiado frouxa do que conta como sendo uma teoria rival; 5) contrariamente a uma suposição freqüente na literatura, a tese da subdeterminação não precisa ser pensada como sendo incompatível com o realismo epistêmico.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Que Significa Orientar-se? Contrapartidas Incongruentes e Identificação Demonstrativa

Autor: Rogério Passos Severo

Nesta dissertação analisam-se os usos que Kant fez de contrapartidas incongruentes, e a validade dos argumentos nas quais ocorrem. Em particular, interpreta-se passagens controversas do seu ensaio de 1768. Comparam-se a análise e os argumentos kantianos com textos contemporâneos sobre identificação demonstrativa. Mostra-se que as análises kantinas das contrapartidas incongruentes podem ser vistas como precursoras de algumas discussões contemporâneas.