domingo, 20 de maio de 2012

Argumentos acerca do empirismo construtivo, de Paul Dicken

Tradutor: Luiz Helvécio

Deveriam os cientistas acreditar em tudo aquilo que dizem? Deveriam eles acreditar nas afirmações de suas teorias científicas bem desenvolvidas e na existência das coisas microscópicas exóticas que dizem agora popular os alcances inobserváveis da realidade? Ou uma atitude mais modesta perante a investigação científica seria preferível? Numa primeira reflexão, há certamente uma forte intuição de que as nossas teorias científicas atuais são (pelo menos aproximadamente) verdadeiras: afinal, a prática científica contemporânea é enormemente bem sucedida tanto em termos de previsão quanto de manipulação dos fenômenos empíricos, e — assim se pensa — esse fato seria simplesmente miraculoso se não fosse o caso de nossas teorias científicas atuais nos fornecerem descrições mais ou menos exatas do modo como o mundo é. Seja o que for que se possa pensar sobre isso, a ciência funciona; portanto, deveríamos acreditar que é verdadeira.


Citação: Dicken, P. (201o). "Argumentos acerca do empirismo construtivo". Trad. L. H. Marques Segundo. Crítica, 2012. Artigo eletrônico acessado em xx/xx/xxxx e encontrado em http://criticanarede.com/empirismoconstrutivo.html.