No texto presentemente resenhado, que se embrenha na epistemologia modal, Robert Nozick tenta responder a pergunta sobre como sabemos que uma verdade é necessária e defender as teses de que a extensão das verdades necessárias não é tal costumamos pensar e de que não há necessidades metafísicas importantes. Sobre a necessidade lógica e a necessidade matemática, ele tenta mostrar como podemos pensá-las sem que elas sejam ontológicas, por meio de uma abordagem evolucionista das nossas capacidades modais. E, sobre o resto das necessidades que seriam ontológicas, ele exemplifica várias delas que foram ou poderiam ser despojadas pelas ciências e forja um argumento contra a necessidade metafísica de Kripke-Putnam. Ele também provê uma abordagem positiva para dar conta das regularidades (o que nos parece necessário) em termos de graus de contingência.
Nozick nos fala que, em princípio, pensamos em uma sentença como necessária quando a consideramos verdadeira e não vemos como ela poderia ser falsa. O problema é que não ver como uma proposição pode ser falsa, segundo o filósofo, pode ser visto apenas como fruto de uma incapacidade mental nossa, a saber, a incapacidade de imaginar ou conceber exaustivamente todas as possibilidades para ver se a sentença supostamente necessária existe em todas elas. Essa incapacidade implicaria que toda a nossa justificativa para aceitar algo como necessário tem de ser ou indutiva – de “todas as possibilidades imaginadas são X”, passamos para “todas as possibilidades são X” – ou em termos de melhor explicação – a melhor explicação para o fato de não encontrarmos a possibilidade P é P não existir (logo, não-P seria necessário).
Contudo, há sentenças que pensamos serem necessárias, embora nossa justificativa não seja indutiva ou para a melhor explicação, dado que nos parece que há necessidades que podemos conhecer sem ao menos ir ao mundo, a saber, o que é conhecível a priori. Há quatro formas principais de conhecermos algo a priori: por meio da antiga necessidade metafísica (o sintético a priori), analiticamente, logicamente ou matematicamente. E há também a nova necessidade metafísica, que depois de Kripke e Putnam, toma tais verdades como necessárias a posteriori. O autor pretende mostrar como podemos explicar tais regularidades (ou supostas necessidades) sem supor que são necessidades ontológicas.
Nozick começa falando sobre as razões que temos para acreditar em hipóteses. Ele cita dois tipos básicos: a priori (razão r se relaciona com a hipótese h por meio da relação S, e S é apreendida pela razão) e a posteriori (r se relaciona com h por meio de S, e S é uma relação factual e contingente). E tenta prover uma definição mista (p. 123, tr. livre): “uma razão r para uma hipótese h é algo que está numa certa conexão factual, enquanto os conteúdos de r e h estão numa certa conexão estrutural que nos faz tomar h como mais crível dado r”. O autor acredita que pensamos que r é uma razão para h quando reconhecemos e tomamos certas conexões factuais como evidentes, e que tomamos tais conexões factuais como evidentes por causa do nosso processo evolutivo e da seleção natural. Pois estes tornariam desejável que ajamos de acordo com razões que combinam com conexões factuais e fariam com que essas características passassem às gerações futuras.
Pergunta-se ele, então, se o que tomamos como evidente é de fato necessário. Ele tenta mostrar que não temos como dizer que sim, apelando para a admissão das teorias físicas de que o nosso espaço físico é não-euclidiano, o que falsificaria a suposta necessidade da geometria euclidiana – algo que intuitivamente tomamos como evidente. Nozick não tem apenas este exemplo; há muitas sentenças que alegávamos serem necessidades metafísicas e conhecimentos sintéticos a priori, a saber, “todo evento tem uma causa”, “o espaço é euclidiano”, “o espaço é tridimensional” etc., que foram rejeitadas pelas nossas ciências. Ele diz que as ciências fazem essa rejeição na medida em que os cientistas conseguem explicar corretamente dados antes inexplicáveis com teorias que contém coisas consideradas metafisicamente impossíveis. E na medida em que os cientistas conseguem explicar corretamente dados antes inexplicáveis com teorias que contém coisas consideradas metafisicamente impossíveis tais coisas começam a ser consideradas metafisicamente possíveis. O que, segundo ele, nos levaria a sermos céticos com relação à necessidade metafísica antiga.
A necessidade metafísica nova é a necessidade metafísica conhecida a posteriori de Kripke e Putnam de, por exemplo, “a água é H2O”. O argumento de Kripke, formulado por Nozick, é o seguinte (p. 108):
(1) A agua é H2O no mundo actual. (2) Se a água é H2O no mundo actual, então a água é H2O em todos os mundos possíveis. (3) Logo, a água é H2O em todos os mundos possíveis. (4) Se algo se mantém em todos os mundos possíveis, então é uma verdade necessária. (5) Logo, é uma verdade necessária que a água é H2O.
Nozick rejeita 4, pois pensa que “a água é H2O” é contingente, mesmo que seja verdade em todos os mundos possíveis acessíveis ao mundo actual. Além disso, ele pensa ser estranho tomar a composição da água como uma propriedade essencial dela, pois enquanto ela ser H2O no nosso mundo a faz ser H2O em todos os mundos possíveis, o fato de ela ser, por exemplo, XYZ em outro mundo não faz ela ser XYZ no nosso mundo. O autor não vê absurdo algum em um cientista propor uma teoria onde a água tem outra estrutura molecular em outros mundos possíveis ou uma teoria que toma “água” como uma função de estruturas moleculares para mundos possíveis. Se aceitarmos tais coisas, devemos abandonar a tese de que “água” tem seu referente fixado pela sua estrutura molecular. Tal tese – a de que “água” tem seu referente fixado pela sua estrutura molecular – é igualmente plausível a outras concepções que tomam outras propriedades como condições de identidade de um objeto (propriedades essenciais), como as propriedades fenomenológicas. Se esse for o caso, então as necessidades metafísicas seriam relativas às concepções de identidade que aceitarmos e, assim, não poderiam ser necessidades ontológicas (p. 182). A asserção kripkeana da necessidade da origem é brevemente tratada e rejeitada pelo filósofo por suas consequências desagradáveis, entre elas o fato de que se a origem é necessária, então também o é a origem da origem ad infinitum – o que faria a contingência colapsar com a actualidade.
O problema fica mais claro ao pensarmos na estrutura do espaço e na sentença análoga à anterior “o espaço é euclidiano”. Se o nosso espaço físico fosse euclidiano e fosse possível haver espaços físicos não-euclidianos, haveria mundos possíveis em que o espaço é não-euclidiano. Mas o fato de o espaço físico ser euclidiano no nosso mundo não pode fazer ele ser euclidiano em todos os mundos possíveis. É possível objetar que, se aceitamos a referência direta e a designação rígida, devemos falar que “o espaço físico” refere diretamente o nosso espaço físico, e não o espaço físico de outros mundos possíveis. Supondo que o nosso espaço físico fosse euclidiano, “o espaço físico é euclidiano” seria necessário metafisicamente de uma forma deveras desinteressante, pois sua necessidade dependeria da verdade em apenas um mundo, o nosso.
A fim de evitar que o problema gerado pela premissa 4 do argumento de Kripke, Nozick sugere que podemos pensar a verdade necessária, ainda no vocabulário dos mundos possíveis, como sendo o que é nativamente verdadeiro em todos os mundos possíveis acessíveis a w. Uma verdade é nativa a w sse não foi importada de outro mundo possível. E Nozick parece pensar que conseguimos capturar intuitivamente o que é uma verdade importada de outro mundo possível. Sem pretensões de definir uma verdade importada, Nozick a caracteriza como uma verdade que fala sobre fatos de outros mundos. Esta definição da necessidade, segundo ele, seria diferente da necessidade como verdade em todos os mundos possíveis e da necessidade como verdade em todos os mundos possíveis acessíveis ao mundo actual, e tem a propriedade de impedir que alguma verdade seja considerada necessária apenas em virtude de sua importação.
O filósofo trata, então, de três exemplos de supostas necessidades metafísicas, (I) um da necessidade metafísica antiga, (II) um da nova e (III) um baseado na necessidade analítica.
(I) Nada é totalmente verde e vermelho ao mesmo tempo.
I não seria metafisicamente necessária, pois (i) a cor é a reflexão de incidências de energia nos olhos, (ii) um ponto não pode refletir duas incidências de energia diferentes, (iii) nossos olhos não podem capturar simultaneamente duas incidências de energia contrárias (como o vermelho e o verde), e (iv) i, ii e iii são contingentes e qualquer necessidade genuína é invariável quando reduzida ou explicada – uma necessidade não-genuína é apenas uma necessidade aparente.
(II) Vésper é Fósforo.
II não seria metafisicamente necessária, pois se “Vésper” designar isto – a estrela brilhante da tarde que estamos apontando – e “Fósforo” designar aquilo – a estrela brilhante da manhã que estamos apontando – então haverá mundos possíveis em que eles não serão idênticos, já que as contrapartes de Vésper e Fósforo poderão não ser o mesmo planeta. Nozick diz que isso pressupõe, de alguma forma, que o conteúdo de tais nomes seja intencional, e que ele faz isso, pois se supusesse a extensionalidade, ele implicaria a pressuposição da necessidade da identidade.
(III) Todos os pais biológicos fêmeas são mães.
III não seria metafisicamente necessária, pois as ciências e futuras tecnologias poderiam falsifica-la. As tecnologias e conhecimentos citados que poderiam falsifica-la são: voltar ao passado, mudança de sexo, inseminação artificial, entre outros. Isso mostraria que a sinonímia não garante a necessidade.
Com relação, então, às necessidades lógica e matemática, ele acredita que os princípios lógicos não são conhecíveis a priori e nem auto-evidentes, mas que foram tomados como verdadeiros, e dada sua vantagem evolutiva no que diz respeito às nossas capacidades modais – ou seja, ao raciocínio sobre possibilidades, impossibilidades, contingências e necessidades – eles permaneceram sendo considerados verdadeiros nas outras gerações de modo tão entranhado que acabam sendo considerados auto-evidentes. O problema aqui é que há frases contingentes, como “o espaço é euclidiano”, que a evolução nos faz tomar como necessárias. E o fato de tais supostas necessidades matemáticas não serem necessárias nos faria não poder aceitar, sem mais argumentos, que as outras necessidades matemáticas são necessárias, além de nos fazer suspeitar da suposta necessidade lógica. Mais um problema para a necessidade lógica ou matemática, segundo Nozick, é o fato de ser epistemicamente possível que os lógicos ou matemáticos venham a teorizar sistemas que vão de encontro a supostas verdades necessárias – como o caso do teorema de Banach-Tarski (onde se mostra que podemos dividir em partes finitas uma esfera de tamanho t e depois reagrupar essas partes em duas esferas de tamanho t), como as diversas possíveis axiomatizações para a teoria dos números, como a divergência entre a teoria dos conjuntos e a teoria do continuum, etc. Tal como no caso da geometria euclidiana, quando há várias teorias que explicam igualmente um fenômeno, torna-se uma questão empírica saber qual se adéqua mais à realidade. Se alguma teoria é aceita simplesmente porque não há alternativas melhores, então como não haver alternativas melhores é contingente, a própria teoria torna-se contingente.
Mas se a necessidade lógica e matemática for apenas aparente, haverá uma demanda pela explicação da sua aplicação bem sucedida nas ciências naturais. Sua explicação é que temos um modo de representar a realidade que tem a função de imprimir necessidades na realidade e que um fato objetivo é algo invariante sob as transformações admissíveis. As transformações admissíveis dependeriam do sistema lógico aceito. E há muitos sistemas lógicos diferentes e inconsistentes entre si frente aos quais é arbitrário escolher um. Nozick pensa a lógica apenas como um filtro do nosso modo de representação, obtido por indução e seleção natural, embora não negue que possa haver necessidades lógicas. Tais filtros seriam fortalecidos ou enfraquecidos de acordo com a nossa vontade de restringir ou alargar a quantidade de informação que queremos enquadrar como dado, a fim de atingir mais coerência para a teoria. Ele pensa que se o nosso modo de representação (MR) conseguir prover uma abordagem unificada, extensa e estável do mundo objetivo, ele nos diria como o mundo é. Mas seu ponto é que é difícil encontrar razões para algo ser de uma forma, e não de outra (ilógica), quando o próprio filtro estabelece que não há tais outras formas que algo poderia ser.
Outra razão que Nozick nos provê para sermos céticos com relação à necessidade, desta vez a necessidade de re, é que duas categorizações do mundo divergentes cuja escolha seria arbitrária iriam diferir nas propriedades essenciais atribuídas às coisas. Dois esquemas conceituais podem concordar com relação às verdades, embora discordar com relação ao que é necessário de re, ao, por exemplo, diferirem com relação às características relevantes que tomam como salientes para a essencialidade. Como a identidade de um objeto baseia-se em suas propriedades essenciais, como suas propriedades essenciais se baseiam nas características salientes, e como as características salientes se baseiam nos interesses do povo que criou o esquema conceitual, a necessidade seria relativa ao esquema conceitual. Nozick pensa que se algo é necessário apenas relativamente ao esquema conceitual, então não é ontologicamente necessário.
Frente a todas essas motivações pelo ceticismo com relação à necessidade, diz o autor, podemos ver que a noção de necessidade tem pouca importância e aplicação, enquanto o mesmo não ocorreria com a noção de possibilidade. Ele pensa assim, pois acredita ser viável fazer uma abordagem das modalidades onde existe verdade em alguns mundos possíveis, embora não em todos. Sua ideia é de que a inimaginabilidade de certas possibilidades advém do processo de evolução ter selecionado certos métodos de projeção (métodos de representação) que imprimem tais tipos de necessidade no mundo, nos fazendo perceber necessidades aparentes. Como outros modos de representação poderiam produzir outras necessidades aparentes, as necessidades percebidas seriam meramente relativas ao modo de representação.
O passo seguinte de Nozick é tentar mostrar como podemos abrir mão da necessidade, e explicar as regularidades (necessidades aparentes) por meio da noção de graus de contingência. Ele nos diz que o grau de contingência de P varia para cima de acordo com o número de mundos possíveis onde P é o caso varia para baixo. Essa ideia é semelhante à, mas diferente da, de Carnap, que toma os graus de contingência absoluta como o complemento da sua probabilidade incondicional (PI: 1 – probabilidade a priori de Q = Mundos-Q / Todos os mundos). Nozick se utiliza da ideia de esferas de proximidade de mundos: organiza os mundos possíveis acessíveis a w em raios em torno de w, com sua proximidade de w variando de acordo com a semelhança a w. O grau de contingência de Q aqui seria maior de acordo com o quão próximo está (o quão semelhante é) um mundo onde não-Q é o caso.
Mas e se pensarmos sobre a contingência no tempo? Ele nos diz que (p. 152) “nada é menos contingente agora do que qualquer uma de suas condições necessárias já foi”. Q seria mais contingente agora quanto menos tivéssemos que voltar no tempo para o ponto de contingência máxima de Q (proximidade máxima de um mundo onde não-Q). Isso implica em pensarmos as qualidades das leis que regulamentam o mundo com relação à proximidade dos mundos: se elas forem divergentes, quanto maior o tempo, maior a diferença entre os mundos; se elas forem convergentes, mesmo com longo tempo, não haveria muita diferença entre os mundos. E, se elas fossem paralelas, pequenas diferenças proveriam as mesmas contingências tanto para agora, quanto para o passado.
O problema epistêmico da contingência é que quanto mais contingência há, menos entendemos a razão pela qual algo ocorreu de certa maneira, e não de outra. E, prover uma explicação, é mostrar que algo é menos contingente do que pareceria de outro modo (p. 153) – ela mostra o grau mínimo de não-contingência desse algo. As explicações das regularidades visam as verdades menos contingentes que regulamentariam tal regularidade; como, por exemplo, a subsunção de um fato numa lei e a unificação de teorias. Essas ideias sobre a contingência propiciam a Nozick uma noção frouxa de necessidade que, segundo ele, capturam o nosso uso comum de tal termo, embora não o uso filosófico: é necessário que Q sse P, P faz Q verdadeiro e o grau de contingência de Q está abaixo de certo nível.
Nozick passa a falar, então, sobre o que é a verdade no mundo actual. S é verdadeiro (simplieciter) sse há um mundo possível α, tal que S é uma verdade em α e α é o mundo actual. Mas o que é o mundo actual? Qual é o mundo actual? O filósofo expõe brevemente duas concepções de actualidade: (1) a indexical (de Lewis) e (2) a não indexical. Ele quer saber como podemos falar de modo não arbitrário e não paroquial que o nosso mundo é o mundo actual. 1 não nos responde tal coisa, pois qualquer habitante de qualquer mundo possível poderia clamar os mesmo tipos de asserções sobre a actualidade do que nós, dado que em 1 há uma paridade ontológica entre os mundos. 2 provê uma descrição D completa do nosso mundo e tenta explicar, por meio de características únicas a D, por que o nosso mundo é o actual. O problema de 2 é que D, mesmo que seja individuadora, não nos dirá por que o nosso mundo é o actual, já que os outros mundos possíveis também teriam descrições individuadoras. A solução analisada por Nozick é a propriedade explicativa suficiente (SEP) de Parfit. Tal propriedade seria tal que faria com que os mundos que a tivessem, existissem (já que teriam uma explicação suficiente de sua existência). O problema aqui, ressaltado pelo autor, é que muitos mundos possíveis poderiam ter SEP, o que a faria não ser uma boa base ontológica para a actualidade.
Outra tentativa de solução é o seguinte argumento: (01) Algum universo existe. (02) Não é arbitrário qual universo existe. (03) Logo, o nosso universo não é arbitrário. O problema aqui seria a explicação de por que os mundos não arbitrários não existem. É possível concluir que (03’) todos os universos não arbitrários existem, em vez de 03. E John Wheeler provê uma abordagem evolutiva de como isso poderia ser o caso (cosmologia evolutiva). Ele teoriza que universos “brotariam” de universos por reprodução e seriam selecionados por seleção natural de acordo com sua maior capacidade de produzir buracos negros (pois buracos negros geram mais universos). O problema dessa tese, ressaltado por Nozick, é que, se houvesse um método mais fecundo de reprodução, seria intrigante que existisse o nosso mundo, e não um mundo com tal método.
A cosmologia evolutiva também proveria uma explicação para o que faz um mundo tomar uma forma mecânica-quântica (MQ): a contribuição da forma MQ para a estabilidade e a formação de buracos negros. Universos estáveis têm mais progênie e tendem a tomar a forma MQ. Se MQ contribui para a reprodução e se traços são passados por hereditariedade, espera-se que MQ seja um desses traços. Uma vez que apenas um mundo comece a se reproduzir, o processo não para mais. E, se as leis são os traços hereditários, poderemos explicar a invariância das leis numa certa população de universos. Se uma certa lei L é invariante em w, e w’ é progênie de w, então L é invariante em w’ (ceteris paribus). Quanto maior e mais amplo for o domínio de transformações em que L é invariante, maior sua herediatariedade. O que nos faria concluir, segundo Nozick, que a maioria dos universos mostrará leis objetivas (que são invariantes sob um amplo domínio de transformações).