domingo, 25 de julho de 2010

Resenha de As Origens do Conhecimento e da Ignorância de Karl Popper

01) OBJETIVO DO TEXTO: Este texto examina a disputa entre o empirismo (Bacon, Locke, Berkeley, Hume, Mill) e o racionalismo clássico ou intelectualismo (Descartes, Spinosa e Leibniz) na questão da origem do conhecimento -- onde a primeira escola pensa que está na observação, enquanto a outra pensa que está na intuição intelectual de idéias claras e distintas. Através desse exame, Popper tentará demonstrar as semelhanças entre as duas escolas e seus respectivos erros, mostrando que nem a observação nem a razão podem ser consideradas fontes do conhecimento.

02) RELAÇÃO ENTRE EPISTEMOLOGIA E VIDA COTIDIANA: Segundo Bertrand Russell (confirmado por Popper), a epistemologia tem implicações práticas para a ciência, para a ética e mesmo para a política, pois o relativismo epistemológico e o pragmatismo epistemológico, ambos estão ligados a idéias autoritárias e totalitárias. Contrapondo-se a esse pensamento há uma doutrina chamada impotência filosófica, que se constitui basicamente na afirmação da não influência na vida prática pela filosofia; o que, definitivamente, não corresponde aos fatos, pois que idéias filosóficas já mudaram muito o mundo.

03) OTIMISMO EPISTEMOLÓGICO E PESSIMISMO EPISTEMOLÓGICO: Otimismo epistemológico: acredita no poder do homem de discernir a verdade e adquirir conhecimento. Ele se baseia na tese de que “a verdade é evidente”, de que podemos vê-la e distinguí-la da falsidade, sendo dois grandes expoentes Bacon e Descartes, que defendiam, ambos, que, através de algum meio (observação para o primeiro e intuição intelectual para o segundo), poderiam “distinguir a verdade da falsidade, recusando-se a aceitar qualquer idéia que não seja clara e distintamente percebida pelo intelecto.”1 Pessimismo epistemológico: Não há verdade objetiva ou discernível e está ligado à doutrina da depravação do homem, tendendo a criar um autoritarismo que seria capaz de salvar o homem do seu próprio mal e loucura. Contrastes: Enquanto no pessimismo deseja-se uma autoridade tradicional para escapar do caos pela falta de objetividade; o otimismo (racionalista e empirista) reivindica o direito da razão e do empirismo de criticar qualquer autoridade.

04) INFLUÊNCIAS VIVENCIAIS NA CONCLUSÃO: Como Popper rejeita algumas teorias epistemológicas de tendência liberal, afirmando, assim, que não necessariamente ideais e esperanças influenciam na conclusão a ser tomada. Sugere, para evitar essa influência, que comecemos criticando nossas crenças mais enraizadas.

05) DOUTRINA DA VERDADE EVIDENTE E TEORIA DA CONSPIRAÇÃO: Doutrina da verdade evidente: [Já explicado no tópico otimismo epistemológico do item 03] Veracitas Dei (Descartes): A autenticidade do deus perfeito (e, portanto, não enganador) de Descartes torna a verdade evidente. Veracitas Naturae (Bacon): Quem ler o livro aberto da natureza com a mente pura, não o interpretará erradamente. [Bacon substituiu o deus cartesiano pela natureza] Motivo do erro: A pureza de nossa mente é pervertida por uma série de preconceitos advindos da educação e da tradição. Teoria da conspiração: Advinda da visão otimista de que a verdade é evidente, acredita em situações como: uma “conspiração da imprensa capitalista que perverte e suprime a verdade, incutindo falsas ideologias no espírito dos trabalhadores.”2 A dizer: se não conseguimos acessar a verdade é porque ela foi suprimida maliciosamente. Refutação de Popper: “Verdade evidente” ou “teoria da conspiração” são ambas falsas, pois crenças errôneas, como as duas citadas, sobreviveram por muitíssimos anos, desafiando a experiência. [Embora falsas, as visões de Bacon e Descartes foram responsáveis por uma revolução intelectual que injetou na mente humana o mote: “O homem pode conhecer: logo pode ser livre”3. E isso mudou todo um paradigma científico-cultural.]

06) CONSEQÜÊNCIAS DESASTROSAS DO OTIMISMO EPISTEMOLÓGICO: A teoria da verdade evidente pode levar ao fanatismo, pois quem luta contra a verdade, neste pensamento, é porque a teme, daí, então, um herege. O autoritarismo, em grau mais fraco que o pessimismo, pode ser uma conseqüência dessa teoria também, pois que a verdade evidente precisa de constantes interpretações e reinterpretações, e para isso seria necessário que uma autoridade se pronunciasse diariamente estabelecendo a evidência da verdade. E são epistemólogos desse grupo que, decepcionados, formarão a teoria pessimista da epistemologia.

07) O CONHECIMENTO NOS GREGOS, PRINCIPALMENTE EM PLATÃO: Sobre a fonte do conhecimento nos gregos, devemos começar com os poetas (como Homero e Hesíodo), que afirmavam as musas como origem divina de seus conhecimentos que garantiria a verdade deles. Os filósofos Heráclito e Parmênides também são conhecidos por remeterem a origem de seus conhecimentos aos deuses de alguma forma. O primeiro era dito que falava possuído por Zeus (fonte de toda sabedoria), e o segundo, por sua vez, dizia ser inspirado pela deusa Diké (guardiã da verdade). Pontos em comum [Parmênides e Descartes]: -Necessidade de recorrer apenas ao intelecto para se saber a verdade. -E, fisicamente, a impossibilidade de vazio absoluto. Platão, no Íon, já diferencia a inspiração divina das origens divinas do conhecimento e distingue origem de veracidade. Cria, ele, duas epistemologias, a dizer, uma otimista (teoria da anamnesis) e uma pessimista (analogia da caverna) nesta ordem: Anamnesis: Nossa alma imortal, enquanto no mundo das idéias, é onisciente e da mesma natureza que todas as outras coisas, portanto já as sabemos, contudo as esquecemos ao nascer; e daí, ao entrar em contato com a verdade, prontamente a reconhecemos. Por isso, todo homem pode conhecer. [a origem da ignorância é a queda do estado de graça] Analogia da caverna: Mostra que apenas alguns poucos, pelas dificuldades inerentes ao processo de compreensão, conseguem atingir o estado divino de episteme. Essa teoria tem conseqüências autoritárias e tradicionalistas (Cf. Leis). Pontos em comum [anamnesis e verdade evidente]: -Impossibilidade de não reconhecimento da verdade se vista (verdade como algo manifesto). -Anamnesis é a raiz do cartesianismo. Relações [Teoria do conhecimento e política]: -Anamnesis resulta num racionalismo utópico, antiautoritário, do tipo cartesiano. -Analogia da caverna resulta em um tradicionalismo autoritário. Pontos em comum [Analogia da caverna, Parmênides e Xenófanes]: -Quando o conhecimento é humano, nunca é certo.

08) SOBRE A ANAMNESIS DO MENO DE PLATÃO: A anamnesis contém as sementes do intelectualismo de Descartes, da teoria da indução de Aristóteles e a de Bacon. [indução (Aristóteles/Bacon): 1.ato de inferir leis universais de casos particulares observados; 2.método para intuir/perceber a essência das coisas. “O Resultado de uma indução – a intuição de uma essência – deveria ser expressado pela definição daquela essência”(Aristóteles)4] A maiêutica socrática é de muita utilidade para ajudar na anamnesis (da mesma forma que a segunda definição de indução), pois que purga a alma de preconceitos, fazendo-nos colocar em dúvida nossas próprias convicções, e assim, se aproxima da dúvida cartesiana, que usa o processo socrático para estabelecer critérios de verdade e obter sabedoria; enquanto, essa última, para Sócrates, consiste na percepção das nossas limitações em matéria de conhecimento.. A maiêutica pode também ser vista como a segunda definição de indução de Aristóteles ou ainda como uma parte fundamental da indução de Bacon.

09)A TEORIA DA INDUÇÃO DE BACON: Métodos de Bacon: Interpretatio Naturae [método verdadeiro]: Interpretação do livro da natureza, no sentido de “a verdadeira leitura do livro aberto da natureza”, nunca à luz de causas não evidentes ou hipóteses. Anticipatio Mentis [método falso]: Preconceito ou superstição da mente ao prejulgar a natureza, que, segundo Bacon, leva a uma interpretação imprópria da natureza. [Método da conjectura ou hipótese => Método defendido por Popper] Devemos nos purificar através da eliminação dos preconceitos, antecipações e conjecturas, para que interpretemos o livro da natureza adequadamente, sem distorções na observação, pois que se não se torna fonte de ignorância.

10) DOUTRINA DA FALIBILIDADE HUMANA: Bacon e Descartes, por mais que tenham sido antiautoritários em relação ao conhecimento vigente em suas épocas, tinham suas epistemologias ainda muito ligadas à autoridade da natureza e dos sentidos no primeiro; e de deus e do intelecto no segundo. Mas não responderam a questão de “como podemos admitir que nosso conhecimento é humano... sem aceitar por implicação, ao mesmo tempo, que ele é feito de arbitrariedade e caprichos individuais?”5. Os gregos e os humanistas6, esses, já nos disseram: “devemos perceber que todos somos falíveis e podemos errar”; o que implica a idéia de “verdade objetiva” como padrão para avaliar o que é falso. Esses últimos, os humanistas, tomaram a doutrina da falibilidade humana (o que os gregos e humanistas nos disseram) como base para a pregação da tolerância. Essa teoria foi adotada como base para a liberdade política de coerção.

11) ERRO: CULPA HUMANA: Bacon e Descartes culparam o ser humano pelos erros, dividindo-o em uma parte superior, fonte do conhecimento verdadeiro, consistindo dos sentidos para o primeiro e do intelecto para o segundo; e uma parte inferior, fonte das opiniões, dos erros e da ignorância. Refutações: -Contra Descartes: Sua física estava errada, embora se baseasse, segundo ele, em idéias claras e distintas; o que as obrigaria a serem verdadeiras, e esse não é o caso. -Contra Bacon: Como diziam muitos dos antigos gregos: “os sentidos não são confiáveis”. Justificação fenomenologista/positivista: Os sentidos não erram, mas nós podemos interpretar o dado sensível erroneamente. O erro na tradução em uma linguagem convencional demonstraria o defeito da linguagem e o acúmulo de preconceitos nela, o que lhe incutiria a culpa dos erros. Mas como ela incorpora a sabedoria e a experiência das gerações passadas, voltamos, nós, a sermos os culpados. Por isso sugere-se que nós que devemos utilizá-la mal, o que facilita a sustentação da autoridade divina de uma fonte pura de conhecimento, mas apenas na medida em que amplia-se a distância entre o homem e essas fontes. Tal oposição baconiana origina-se nos gregos, em sua oposição entre natureza e convenção ou mesmo (em Platão) a oposição entre verdade divina e erro humano. A divindade da natureza e o erro humano (proposto por Bacon) por culpa das convenções humanas, foram idéias que muito influenciaram diversos setores da sociedade.

12) A VERACIDADE DAS PROPOSIÇÕES E SUA ORIGEM: O sentido das palavras e sua origem: Logicamente: As palavras são símbolos, cujos significados foram definidos numa convenção primária. Psicologicamente: As palavras são símbolos, cujos significados se dão no uso. O aprendizado se dá ao aprendermos as palavras pela primeira vez. Em ambos os casos aprendemos as significações corretas de um símbolo através de uma autoridade que já tinha o conhecimento da linguagem; e nisso há preocupação com a origem. Enquanto nas assertivas factuais a compreensão de algo pode ter sido falsa desde a origem. Essencialismo: Teoria que vincula a significação e a verdade. Em Aristóteles e outros essencialistas as definições constituem princípios basilares de qualquer demonstração, fundamentando toda a ciência. [definição: 1.afirmativa da natureza das coisas; 2.indica o sentido de um termo] As definições, no entanto, não contribuem em nada para conhecimento factual da natureza (pois que são tautológicas) e podem ser modificadas por convenções; o que quebraria o vínculo até aqui exposto pelo essencialismo entre origem e verdade.
13) ATAQUE DE POPPER AO EMPIRISMO: Questões ao empirismo: -É a observação origem de nosso conhecimento? -Se não, qual seria? Popper pensa que as indagações que nos fazemos sobre a origem do conhecimento (justificações para afirmativas) são insatisfatórias e não necessariamente se baseiam na observação, já que muitas afirmativas se baseiam na leitura de jornais, periódicos científicos e outros. O empirista perguntaria de onde, como, os periódicos (ou outros) teriam obtido a informação. E ele próprio responderia que, através dessa seqüência, chegaríamos a algum relato das observações de testemunhas. Refutações: -Para verificar a veracidade de uma notícia um investigador não se preocupa com as origens daquela nem com o relato de observação de testemunhas, mas se focará no próprio fato que foi afirmado. -Se o investigador seguir os passos do empirista, sempre chegará a perguntas “a respeito das fontes dos elementos do seu conhecimento que não derivam imediatamente da observação direta”7, como as relativas à memória e afins. Essa situação leva a um regresso ao infinito. Sendo assim, o conhecimento fundamentado na pura observação (se é que existe) é infértil, pois sempre interpretamos, ao observar, à luz de nosso conhecimento teórico. A história, como um caso especial, nos leva às fontes, que poderiam ter sido distorcidas ou nem serem genuínas; contudo não nos leva aos relatos de observação. E mesmo se levassem, temos muitos casos de testemunhas se enganando no tribunal. O problema quanto a validade da história nos leva à questões como: “se podemos aceitar o testemunho unânime dos historiadores ou se esse testemunho deve ser rejeitado por apoiar-se em fontes comuns mas espúrias”.8

14) AS FONTES DO CONHECIMENTO E SUA VALIDADE: Segundo Popper, existem muitas fontes de nosso conhecimento (como revistas, periódicos e enciclopédias), embora nenhuma delas tenha autoridade. E esse é o problema das escolas que afirmam a teoria da fonte do conhecimento como legitimadora para validar uma afirmativa. Dessa forma, a questão do empirista sobre (Z)“qual a fonte de uma afirmativa?” é mal formulada e solicita uma resposta autoritária.

15) O RACIONALISMO CRÍTICO: A disputa entre racionalismo e empirismo em relação à resposta da questão (Z), a dizer, o intelecto ou os sentidos respectivamente, leva a pensamentos autoritários, justamente como a questão política “quem deve governar?”. Ambas estão enunciadas de forma errada e levam a respostas paradoxais. Popper sugere a não existência dessa fontes, já que elas podem, em alguma situação, nos induzir ao erro; e sugere também uma nova pergunta para substituir a questão (Z): (Y) “De que forma podemos esperar a identificação e eliminação do erro?”9, para que não confundamos a origem do conhecimento com sua validade. Resposta a (Y): Com a visão do racionalismo crítico, ou seja, através de formulações de testes experimentais e críticas a teorias e opiniões alheias e, se possível, às nossas também. [No caso da história, suas fontes (não finais) entram também na discussão crítica da validade.] Popper fala de seu racionalismo crítico como um toque final na filosofia crítica de Kant, já que este último não abordou em sua epistemologia o princípio de autonomia de sua ética de que não devemos aceitar a ordem de uma autoridade como base para a moral; e no caso específico da epistemologia, como base para o conhecimento, segundo Popper.

16) RESULTADOS EPISTEMOLÓGICOS DA PRESENTE DISCUSSÃO: Não existem fontes últimas do nosso conhecimento; as que existem estão abertas ao exame crítico. A questão epistemológica possível é se a afirmativa concorda com os fatos (examinando-se os próprios fatos), e não se a fonte é verdadeira. Devemos verificar se nossas teorias são coerentes com nossas observações. A tradição é a mais importante fonte de nossos conhecimentos, além daquele que é inato. A tradição nos possibilita o conhecimento, embora ela também possa ser criticada e abandonada, se preciso for. A importância de uma descoberta está no seu poder de modificar as teorias precedentes. O conhecimento vem dessa modificação, não da observação. Não temos critérios de verdade, mas temos alguns critérios que podem nos mostrar o erro e a falsidade. A observação e a razão não são autoridades, servem apenas para o exame crítico das conjecturas apresentadas com as quais exploramos o desconhecido. As palavras só servem para formular teorias. Os problemas de linguagem devem ser sempre evitados. Soluções para problemas levantam outros problemas. Fonte da ignorância: o fato de nosso conhecimento ser sempre finito e nossa ignorância infinita (exemplo disso é olharmos para a vastidão do universo). Enquanto somos diferentes em matéria do que conhecemos, somos sempre iguais em matéria de ignorância. O estado de ignorância conhecida, a dizer, o estado a que leva a maiêutica socrática, pode nos levar à resolução de muitas de nossas dificuldades.

17) UMA ÚLTIMA QUESTÃO: Questão: Há alguma idéia verdadeira nas teorias sobre a fonte última do conhecimento? Exame de duas idéias advindas das teorias sobre a fonte última do conhecimento: (A) Precisamos justificar nosso conhecimento por razões positivas. Objeção popperiana: Isso implica que apelemos “para uma fonte última ou autoritária de conhecimento verdadeiro;[...] que pode ser humana (como a observação e a razão) ou sobre-humana (e portanto sobrenatural)”10 (B) Nenhum homem pode estabelecer a verdade por decreto. Aquiescência popperiana: Devemos nos sujeitar à verdade, pois ela está acima de qualquer autoridade humana. (A) ∩ (B): As duas em conjunto quase nos levam a teorias autoritárias e coercitivas, donde nossa fonte do conhecimento viria de algo sobrenatural.

CONCLUSÃO POPPERIANA (o que devemos fazer): “Se admitimos que em toda província do conhecimento não há qualquer autoridade que possa escapar à crítica, [...] poderemos reter sem perigo a idéia de que a verdade está situada além da autoridade humana”11, que seria aquilo que nos dá padrões objetivos para nossa obtenção de conhecimento.
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1 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 33
2 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 35
3 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 33
4 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 40
5 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 43
6 Os gregos são Xenófanes, Demócrito e Sócrates e os humanistas são Nicolau e Erasmo, Montaigne, Locke e Voltaire, John Stuart Mill e Bertrand Russell.
7 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 51
8 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 52
9 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 53
10 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 58
11 POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Tr.: Sérgio Bath. Brasília: UnB. 1982. P. 58