quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Problema da Causação Mental no Naturalismo Biológico: o Dilema entre Epifenomenalismo e Sobredeterminação


RESUMO: O objetivo do presente artigo é analisar se o conceito de causação mental defendido por John Searle no naturalismo biológico (seção I) o compromete, por um lado, com o epifenomenalismo (estados mentais são desprovidos de poderes causais próprios) ou, por outro lado, com a sobredeterminação causal, isto é, um mesmo evento teria duas causas independentes, uma causa física (neurobiológica) e outra mental (seção II). Searle rejeita ambas as opções, argumentando que se trata de um falso dilema: para dissolvê-lo, basta que se considere que um mesmo sistema pode ser descrito em diferentes níveis (seção III) – processos neurobiológicos e estados mentais são diferentes descrições, respectivamente, dos níveis inferior e superior do sistema cerebral. No entanto, mostrarei que a defesa de diferentes níveis de descrição do mesmo sistema só seria adequada se Searle assumisse como conseqüência a redutibilidade ontológica do mental ao neurobiológico, o que não é o caso, já que os fenômenos mentais são ontologicamente subjetivos, diferentemente dos fenômenos neurobiológicos, que são ontologicamente objetivos.

Palavras-chave: Causação mental, epifenomenalismo, sobredeterminação causal, John Searle, naturalismo biológico.

Leia o texto na íntegra aqui:
http://200.17.141.110/periodicos/cadernos_ufs_filosofia/revistas/8/7.pdf