sexta-feira, 1 de junho de 2012

Thomas Kuhn e o declínio da filosofia da ciência do empirismo lógico

Tradutor: Luiz Helvécio Marques Segundo


No século XXI ninguém é empirista lógico. É certo que há não poucos filósofos cujo trabalho se assemelha em aspectos relevantes ao trabalho dos empiristas lógicos e que, de fato, se tivesse sido feito na década de 1950, seria um trabalho empirista lógico. Mas ninguém apresenta tal trabalho sob a rubrica “empirismo lógico”. Na verdade, ninguém poderia tentar fazer tal coisa de maneira plausível — ser um empirista lógico não é realmente uma opção viva para um filósofo do século XXI.

É uma questão de algum interesse histórico e filosófico pensar por que razão o empirismo lógico veio a perder o seu estatuto de projeto filosófico a adotar, e como tal aconteceu. Afinal, como este volume amplamente demonstrou, o empirismo lógico foi um projeto de ponta na filosofia analítica num passado não tão distante, e, de fato, o projeto preeminente em certos ramos da filosofia, como a filosofia da ciência. Algo de substancial tem de ter acontecido para tal projeto ter declinado tão consideravelmente em influência que mesmo o trabalho mais técnico em áreas como a teoria da confirmação ou a filosofia da física não possa hoje ser considerado um exemplo da filosofia da ciência do empirismo lógico.


Citação: Uebel, Thomas (2007). "Esse gênero de imagem quotidiana do positivismo lógico": Thomas Kuhn e o declínio da filosofia da ciência do empirismo lógico. Crítica, 2012. Artigo eletrônico acessado em xx/xx/xxxx e encontrado em http://criticanarede.com/kuhnepositivismo.html.