sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O que você pensa sobre aconselhamento e consultoria filosófica?

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A consulta filosófica é um momento de reforço da racionalidade na relação do consultante com a existência. O confronto das produções orais (ideias, teses, opiniões, medos, apreensões, dúvidas…) com a Lógica, a Razoabilidade, a omnipresença da Alternativa e a Diferença, em uma dinâmica dialéctica, constitui-se como exercício de crítica (auto-crítica) e busca da pressuposta coerência que preside ao pensamento filosófico. Neste processo, o cliente tem de se tornar consciente da sua apreensão do mundo e de si próprio (mundividência ou perímetro), deliberar sobre a possibilidade de outros esquemas, perspectivas ou interpretações e envolver-se num percurso anagógico (elevação da alma) no qual ultrapassará a sua opinião, ultrapassagem essa que constitui o cerne do filosofar. Uma vez consciente de si e das alternativas do não-Eu, o cliente reúne as condições necessárias para o mais nobre e exigente desafio da Filosofia: pensar o (para si) impensável. Neste sentido afirmamos que para pensar é preciso parar de pensar. O desafio global da Filosofia enquanto prática é a actividade constitutiva da mente singular. No seu isolamento existencial, o indivíduo escolhe-se, compromete-se e vive (desfrutando ou sofrendo) as consequências da sua mundividência e decisões. Assim, afigura-se-nos evidente a justeza das palavras do filósofo romano Marco Aurélio: “A qualidade da nossa vida depende da qualidade dos nossos pensamentos.” 

A Consultadoria Filosófica é uma actividade educacional que propõe a clientes individuais a utilização de métodos, teorias e abordagens filosóficas para solucionar ou gerir problemas associados à existência humana. É dirigida a clientes que são racionais e funcionais na vida do dia-a-dia e que possam beneficiar de assistência filosófica na resolução ou gestão de problemas e situações associadas à experiência quotidiana. Os candidatos mais adequados são pessoas cujos problemas se centram em:

Questões de moralidade privada ou ética profissional;
Questões de sentido, valor ou objectivo;
Questões de realização pessoal ou profissional;
Questões de sistemas de crenças indeterminados ou inconsistentes;
Questões que exijam interpretação filosófica de circunstâncias em mudança.

As consultas são realizadas por um profissional certificado pela American Philosophical Practitioners Association (APPA) e pelo Institut de Pratiques Philosophiques de Paris-França.


Veja ainda uma entrevista sobre o aconselhamento e a consultoria filosófica com Nuno Paulo Tavares: http://revista-praticaxxi.blogspot.com/2011/05/entrevista-get-n-2-4-de-maio-de-2011.html