Os avanços em neurociência e ciência cognitiva das últimas décadas sugeriam inicialmente que em breve resolveríamos (ou dissolveríamos) completamente o antigo problema filosófico das relações entre corpo e mente. No entanto, a “década do cérebro” (1990-1999) encerrou-se sem satisfazer as promessas e as esperanças mais básicas que a animavam. Em particular, um dos pressupostos de boa parte dos programas de pesquisa nessas disciplinas, a saber, que o vocabulário mental da folk psychology seria desnecessário para uma explicação científica adequada dos fenômenos mentais, jamais chegou a ser demonstrado. O foco central do livro de Araújo é a análise crítica das propostas materialistas reducionistas, em especial o eliminativismo materialista de Patricia e Paul Churchland. A seguir resumimos as idéias principais de cada parte do livro e fazemos um breve comentário ao final.
Citação: Faez, Bruno Angeli (2011). "Mente e Materialismo". Crítica. Encontrado como artigo eletrônico em http://criticanarede.com/araujo.html e acessado dia 24/12/2011.